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O perigo das bets

Crente não joga”. Isso, por muito tempo, foi afirmado e sabido por todos no Brasil. Jogo do bicho, loteria federal, loteria esportiva, corridas de cavalo, apostas, bingos, carteado… nossos primeiros missionários sempre acharam necessário deixar claro que nada disso é aprovado por Deus. “Crente não joga” se tornou algo tão óbvio quanto “crente não fuma, não bebe, não faz sexo antes do casamento, não vai a boate, não pula carnaval” e assim por diante.

Infelizmente, de lá para cá as coisas pioraram muito, tanto no que diz respeito aos costumes dos brasileiros quanto no que se refere ao comportamento dos cristãos. Numa era em que tudo é relativizado e a permissividade rola solta, vários membros de igreja começaram a pensar que “fazer uma fezinha” não era, afinal de contas, algo tão errado assim. A possibilidade de enriquecer rapidamente, sem mérito e sem esforço, passou a seduzir muita gente.O problema se agravou recentemente com o surgimento das casas de apostas esportivas, as chamadas “bets”. Antigamente, “Bete” era só o apelido de “Elisabete”… algo tão inofensivo! Nos nossos dias, entretanto, essa palavra se tornou o nome pelo qual atende o motivo da infelicidade e da perdição de muitos. O negócio é tão lucrativo que as casas de apostas se tornaram patrocinadoras de todos os times de futebol. E o vício é tão insidioso que tem levado à ruína financeira inúmeras famílias, incluindo, infelizmente, o lar de alguns cristãos.

A Bíblia condena claramente a prática dos jogos de azar. “Do suor do teu rosto comerás o teu pão”, disse Deus ao homem (Gn 3.19). O Senhor pergunta: “Por que gastais o dinheiro naquilo que não é pão, e o produto do vosso trabalho naquilo que não pode satisfazer?” (Is 55.2). Também adverte: “A herança que no princípio é adquirida às pressas não será abençoada no seu fim” (Pv 20.21). E arremata falando: “Os que querem tornar-se ricos caem em tentação, e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, as quais submergem os homens na ruína e na perdição” (1 Tm 6.9).

Os jogos de azar já existiam nos tempos bíblicos, e desde aquela época eram desaprovados por Deus. Além de incentivar a busca pelo enriquecimento sem esforço, outra razão para que essa prática seja considerada errada é porque, no jogo, para um ganhar dinheiro, muitos precisam perdê-lo. Isso, porém, não é tudo. Existe ainda a questão da dependência. O jogo pode facilmente se tornar um vício. O homem que perde dinheiro no jogo tende a jogar cada vez mais na tentativa de recuperá-lo. E, assim, vai se afundando cada vez mais.Há pessoas que perderam verdadeiras fortunas por causa das bets. Patrimônios foram dilapidados, anos de trabalho duro foram desperdiçados, casamentos se desfizeram. Satanás coloca os seus laços aparentemente inofensivos diante de nós e, quando pomos neles o nosso pé, puxa a corda sem piedade. Hoje há estudos no Congresso Nacional visando à regularização das casas de apostas e à melhor maneira de taxá-los. Mas talvez os deputados e senadores precisassem incluir, nos seus cálculos, as despesas que serão necessárias para o tratamento dos viciados e o amparo às famílias empobrecidas. E isso para não mencionar os prejuízos morais e espirituais.

Crente não joga, não bebe, não fuma, não faz sexo antes do casamento, não vai à boate, não pula carnaval. Deixar de fazer essas coisas não define um indivíduo como cristão mas, certamente, o ajuda a ser identificado como tal. Essas práticas não apenas comprometem o nosso testemunho – elas desagradam a Deus e prejudicam as nossas vidas. Então, é importante ficarmos atentos. O Senhor nos alerta para o nosso bem. Sejamos amorosos e solícitos para com aqueles que caíram. Ajudemo-los para que se levantem. E vigiemos, nós também, para não cair.

Marcelo Aguiar é pastor da Igreja Batista em Mata da Praia, em Vitória, Espírito Santo.

*Artigo publicado originalmente na revista Comunhão 319, de outubro de 2024. Leia a edição completa aqui.

 



02/12/2024 – Net 3 Gospel

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