Na Síria, militantes islâmicos extremistas do grupo Hayat Tahrir al-Sham (HTS), apoiado pela Turquia, chegaram ao centro de Alepo, a segunda maior cidade do país, na noite do último dia 29. O ataque surpresa contra forças do regime do presidente Bashar al-Assad, que é apoiado por Irã e Rússia, resultou em um êxodo da cidade, afetando o trabalho de parceiros locais e igrejas ligadas à organização Portas Abertas. A Síria ocupa o 12º lugar na Lista Mundial da Perseguição (LMP) 2024, que destaca os 50 países mais perigosos para cristãos.
Os cristãos em Alepo enfrentam novamente o medo, após anos de guerra e os recentes terremotos que devastaram a região. Treinamentos organizados pela Portas Abertas, previstos para as próximas semanas, foram cancelados devido ao atentado. Segundo fontes da organização, os rebeldes assumiram o controle de grande parte da cidade e divulgaram vídeos prometendo não prejudicar os civis. Foi decretado toque de recolher até as 8h de sábado, 30 de novembroUma fonte me disse que a boa notícia é que há mais eletricidade. Parece que os rebeldes assumiram a central de distribuição de energia e aumentaram o fornecimento, junto com a promessa de não atacar os civis”, revelou um parceiro da Portas Abertas. Entretanto, essa melhoria no fornecimento de energia não trouxe segurança ou esperança para os cristãos locais. “As pessoas estão com medo. Conversei com cinco pessoas que não conseguiram deixar a cidade. Elas estão assustadas e não confiam nas promessas dos rebeldes, mas não têm escolha a não ser permanecer em suas casas e esperar pelo melhor”, relatou outro contato da organização.