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Autor do projeto, o vereador Davi Esmael afirma que a medida busca reduzir barreiras e ampliar a participação cultural da população autista. “Esses cuidados vão promover um ambiente acolhedor e respeitoso. Além disso, a iniciativa fortalece a conscientização sobre inclusão social e incentiva famílias a participarem mais da vida cultural da cidade”, destacou.
Diagnóstico e inclusão
O Transtorno do Espectro Autista é uma condição do neurodesenvolvimento marcada por desafios na comunicação social, na interação e por padrões de comportamento repetitivos, além de possíveis alterações na sensibilidade sensorial. O diagnóstico costuma envolver equipes multidisciplinares e precisa considerar fatores comportamentais, histórico clínico e observação contínua. Embora os sinais possam ser identificados ainda nos primeiros anos de vida, muitos brasileiros recebem diagnóstico tardio por falta de acesso a especialistas e de protocolos padronizados na rede pública.
No Brasil, o IBGE estima 2,4 milhões de pessoas com TEA. No Espírito Santo, projeções indicam cerca de 60 mil. O aumento na busca por diagnóstico pressiona a oferta de terapias, a capacitação de profissionais e a adaptação de espaços públicos. Especialistas defendem ações integradas entre saúde, educação e assistência social para ampliar direitos e reduzir desigualdades no atendimento de autistas.
A votação contou com a presença dos vereadores Aloísio Varejão (PSB), Ana Paula Rocha (PSOL), Anderson Goggi (Republicanos), André Brandino (PODE), Armandinho Fontoura (PL), Aylton Dadalto (Republicanos), Baiano do Salão (PODE), Bruno Malias (PSB), Camillo Neves (PP), Dalto Neves (SDD), Dárcio Bracarense (PL), Davi Esmael (Republicanos), João Flávio (MDB), Raniery Ferreira (PT), Leonardo Monjardim (Novo), Luiz Emanuel (Republicanos), Luiz Paulo Amorim (PV), Mara Maroca (PP), Maurício Leite (PRD), Pedro Trés (PSB) e Professor JocelinA Câmara de Vereadores de Vitória aprovou, nesta terça-feira (2), o Projeto de Lei 173/2025, que institui a obrigatoriedade de sessões de cinema adaptadas para pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e seus acompanhantes. A proposta prevê que cada cinema da capital realize, ao menos uma vez por mês, a chamada “Cine Azul”, com ambiente sensorialmente adequado.
Pelas regras definidas no projeto, as sessões não poderão exibir publicidade, devem manter as luzes levemente acesas e utilizar volume de som reduzido. Também será permitida a livre circulação do público durante a exibição do filme, assim como entrada e saída a qualquer momento, garantindo um ambiente mais confortável e acessível para quem possui sensibilidade sensoriaCom informações da Agência Estadão, Por Redação O Estado de S. Paulo)l.o (PT).



