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Mais Bíblia, menos palpite: o que realmente sustenta a Igreja

Nunca se falou tanto sobre Deus. Em vídeos curtos, mensagens inflamadas, frases de efeito e discursos empolgados, é comum ver gente falando em nome do Senhor. Mas infelizmente, muito do que se ouve por aí tem mais palpite do que Palavra. Mais impressão pessoal do que revelação bíblica. E quando os púlpitos se tornam palanques de opinião, a igreja adoece, se confunde e perde o rumo.

O povo de Deus não precisa de mais frases bonitas. Precisa da Bíblia. Precisa de pão de verdade, não de entretenimento. A igreja não sobrevive de achismos, conselhos motivacionais ou experiências místicas que não se curvam à Escritura. O que sustenta a fé não é o carisma do pregador, é a fidelidade do texto. Porque a fé vem pelo ouvir, e o ouvir vem da Palavra de Cristo. Não da nossa criatividade. Não da nossa lógica. Da Palavra.

Em muitas comunidades, o púlpito foi sendo lentamente deslocado do centro. Literalmente e simbolicamente. O que antes era o ponto alto do culto, a exposição fiel das Escrituras, foi sendo substituído por histórias engraçadas, analogias frágeis e opiniões sinceras, mas desprovidas de autoridade. E quando o púlpito perde a Palavra, a igreja perde a voz de Deus. Fica refém da opinião do próximo líder, da tendência do próximo autor, da teologia do próximo vídeo viral.

O problema não está em ilustrar bem, ou em aplicar com sabedoria. O problema é quando a ilustração toma o lugar da revelação, e a aplicação ignora o contexto. A Bíblia vira acessório, e não fundamento. Versículo solto no meio da fala, e não o centro dela. E quando isso acontece, a fé que nasce desse tipo de pregação pode até emocionar, mas dificilmente edifica. Pode inspirar por um momento, mas não transforma para a eternidade.

E isso vai além da pregação. A igreja que se alimenta de palpite começa a tomar decisões baseadas em sensações, votos da maioria ou percepções humanas, e não na direção da Palavra. Conselhos pastorais se tornam conselhos de amigo. Visões ministeriais se tornam projeções pessoais. E o povo, sem fundamento sólido, fica vulnerável a todo tipo de vento doutrinário.

Precisamos voltar à Bíblia. Voltar a abrir o texto com temor, com reverência, com o coração dobrado diante de sua autoridade. Precisamos de pregadores que suem mais na preparação do que na performance. Que amem mais o texto do que a reação da plateia. Que temam mais errar diante de Deus do que ser mal avaliados nas redes sociais. Porque o que transforma a igreja é a voz de Deus. E Deus já falou e está escrito.

A igreja não precisa de mais criatividade. Precisa de clareza. Não de frases prontas, mas de fundamentos sólidos. Não de palpite bem intencionado, mas de Palavra bem exposta. Não de líderes que falem bonito, mas de servos que anunciem com fidelidade. A Escritura é viva. É suficiente. E ainda é o maior presente que Deus nos deu para nos revelar quem Ele é, o que Ele fez e o que espera de nós.

Em um tempo onde todos têm algo a dizer, a igreja precisa reaprender a ouvir. Ouvir não qualquer voz, mas a voz do Bom Pastor. E ela está disponível, página após página.
Mais Bíblia, menos palpite. É disso que o Corpo de Cristo precisa para permanecer de pé.

Thiago Bertelle França é autor de livros e materiais de estudo sobre a importância da intimidade com Jesus, incluindo “Simplesmente Jesus”




01/12/2025 – Net 3 Gospel

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